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Biden chama presidente chinês, Xi Jinping, de ditador

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou o presidente chinês, Xi Jinping, de ditador, durante uma declaração pública nesta terça-feira (20).

A fala acontece apenas um dia depois de o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se encontrar com Xi na China e os dois prometerem amenizar a relação entre as duas principais potências econômicas mundiais.

Biden fez a afirmação durante uma fala sobre o episódio no qual Estados Unidos derrubaram um balão chinês que sobrevoava a costa leste norte-americana, em fevereiro. À época, Washington acusou a China de espionagem. Pequim negou.

“A razão pela qual Xi Jinping ficou muito chateado quando derrubei aquele balão cheio de equipamento de espionagem é que ele não sabia que estava lá”, disse Biden durante um evento para arrecadação de fundos de campanha, na Califórnia.

A relação entre Estados Unidos e China foi estremecida ao longo do último ano por questões como:

O balão “espião” – Em fevereiro, os Estados Unidos afirmaram que um balão de espionagem sobrevoava os céus da costa oeste do país, e acusou a China de enviar o equipamento. Pequim confirmou que o balão era chinês, mas negou a espionagem. Disse que o equipamento tem fins de pesquisa e se perdeu com os ventos. Quando foi levado para o mar, o balão foi então derrubado por militares norte-americanos, que recuperaram os destroços. O Pentágono, após analisar o material, afirmou que ele tinha capacidade de monitorar sinais de comunicação;

Taiwan – Washington apoia o governo autônomo de Taiwan, ilha que Pequim considera parte de seu país país. No ano passado, a então presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, fez uma visita surpresa a Taipei, o que a China considerou uma provocação. As semanas seguintes foram marcadas por fortes manobras militares de Pequim ao redor da ilha.

Rivalidade no setor de tecnologia – Biden vem incentivando a indústria doméstica de chips, baterias e carros elétricos para fazer frente à produção da China e já deu incentivos de US$ 52 bilhões (cerca de R$ 262 bilhões) ao setor para barrar a importação chinesa, o que vem irritando Pequim.

Disputas no Mar da China – Nos últimos meses, as Forças Armadas dos dois países têm protagonizado incidentes militares no Mar da China, em um trecho que Pequim reivindica como seu, mas a maioria dos países afirmam serem águas internacionais.

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