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Hemoba lança campanha de conscientização da doença falciforme; Bahia tem cerca de 10 mil pessoas com enfermidade

A Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado da Bahia (Hemoba) lançou uma campanha para marcar o Dia de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme, celebrado nesta sexta-feira (27). A Bahia é o estado brasileiro com maior número de pacientes com esta enfermidade, que atinge, majoritariamente, a população preta.

O lançamento aconteceu no Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme Rilza Valentim (CERPDF), em Salvador. A campanha “Quem tem já enfrenta muita dor. Ajude a combater o preconceito” é realizada em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) e tem como objetivo incentivar ações de esclarecimento, educação, informação e intensificação do diagnóstico da doença falciforme (DF).

As atividades acontecerão até o dia 31 de outubro e a programação tem live sobre os direitos das pessoas com doença falciforme, palestras sobre cuidado dos pacientes, exibição de filmes e ações lúdicas para crianças.

“Além dos direitos sociais, como passe livre, aposentadoria especial e auxílio doença, o direito à saúde é fundamental para os pacientes de doença falciforme, e isso inclui o acesso a diagnóstico preciso; medicamentos, tratamento eficaz e, muitas vezes, transfusões de sangue seguras”, destacou Jaqueline Guerreiro, coordenadora do Centro de Referência para a doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, a Bahia tem a maior incidência da enfermidade no Brasil, com cerca de 10 mil pacientes. Em todo o país, são 60 mil casos, logo, 16,6% dos pacientes são baianos.

Ainda conforme o Ministério da Saúde, a cada 650 nascidos vivos no estado, um possui a doença, enquanto a média nacional é de um bebê a cada mil nascimentos. O estado concentra a maior concentração de negros do país, o que justifica a incidência mais alta de casos.

O Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme Rilza Valentim, inaugurado em março deste ano, é a primeira unidade de referência no país para tratamento da doença falciforme, e atende cerca de cinco mil pacientes da capital e do interior da Bahia.

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