Camaçari

PM determina prisão de policial influenciador de Camaçari por condutas ‘inadequadas’ nas redes sociais

A Polícia Militar da Bahia determinou a detenção do soldado Clézio Santana Lins, lotado na 59ª Companhia Independente (CIPM/Vila de Abrantes), em Camaçari. Além dele, Flora Thais Machado do Nascimento, do Batalhão de Polícia Rodoviária, também recebeu uma sentença de 30 dias. De acordo com relatos, ambos foram condenados individualmente por comportamentos considerados “inadequados” nas redes sociais. A ordem foi oficializada pelo comandante-geral, coronel Paulo Coutinho, e está aguardando implementação.

O agente Lins, com mais de 42 mil seguidores no Instagram, foi submetido a um Processo Administrativo Disciplinar após mencionar no podcast “Só Vem” um caso envolvendo a Polícia Militar da Bahia. Ele detalhou uma abordagem policial em que alegadamente um PM teria furtado a calcinha de uma mulher. Em consequência das suas declarações, Lins foi afastado das atividades operacionais, acusado de prejudicar a reputação da corporação.

Os oficiais responsáveis pela investigação concluíram que as declarações de Lins tiveram um impacto negativo na imagem nacional da corporação, afetando o decoro, valores éticos, morais e o pudor policial, considerados fundamentais para a credibilidade da instituição no policiamento. Além disso, segundo o relatório, o soldado violou as normas que regulam o uso das redes sociais por policiais militares na Bahia.

Por outro lado, Flora Thais Machado do Nascimento enfrentou um Processo Disciplinar Sumário por promover publicidade de diversos produtos, inclusive enquanto estava fardada, entre abril e junho de 2023. A Polícia Militar considerou que essas publicações associaram inadequadamente a imagem institucional da PM com atividades comerciais e de entretenimento, resultando na decisão disciplinar.

Os oficiais que assinaram o relatório do Processo Administrativo destacaram que o uso da imagem institucional em atividades comerciais nas redes sociais não está de acordo com os padrões éticos e de comportamento esperados dos membros da corporação. A Corregedoria da PMBA informou que ambos os policiais militares foram punidos com sanção disciplinar, sem especificar qual foi a sanção aplicada.

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