Xadrez dos ministérios: o que pode mudar, e o que não muda por enquanto
Até o momento, três ministérios e uma estatal que chegaram a ser citados nas negociações serão mantidos com os atuais ocupantes. Cinco ministérios podem mudar para abrir três vagas ao Centrão.
O governo federal segue desenhando as possibilidades para atender o Centrão no primeiro escalão – levando em contas os pedidos dos partidos e a análise, caso a caso, feita pelo presidente Lula.
Até agora, alguns “nãos” já foram dados de forma clara. Mas a possibilidade de uma “dança das cadeiras” nos ministérios para oferecer cargos ao Centrão e reforçar o apoio ao governo na Câmara não está plenamente descartada.
A negociação prossegue e, por enquanto, o cenário é o seguinte:
Não mudam de comando
- os ministérios do Esporte, da Saúde e do Desenvolvimento Social;
- os Correios.
Podem mudar de comando (negociações ainda em andamento)
- Ministério da Mulher: sairia Cida Gonçalves, entraria Luciana Santos;
- Ministério de Ciência e Tecnologia: sairia Luciana Santos, a vaga seria oferecida ao Centrão;
- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio: sairia Geraldo Alckmin, que acumula a vice-presidência da República, e assumiria Márcio França;
- Ministério de Portos e Aeroportos: sairia Márcio França, a vaga seria oferecida ao Centrão.
Nesse desenho, o governo ainda teria que escolher um ministério hoje comandado pelo PT para “oferecer” aos partidos do Centrão.
O governo já avisou às lideranças dos principais partidos aliados – PT, PCdoB e PSB – que será preciso abrir espaço. A acomodação de todas essas forças, no entanto, depende de múltiplos fatores.
No caso do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, por exemplo, o calculo político de tirar um vice-presidente está sendo feito – e não há sinais de que Geraldo Alckmin queira deixar o ministério em meio a uma negociação como essa.